Escutei alguém explicando que o pai faleceu lá longe.
Disse que sairiam do Rio de Janeiro e viajariam três dias para finalmente chegar ao local. Ela confirma o que disseram: era longe!
Mas ameniza a dor afirmando que quem dirigiria, saberia guiar por atalhos para chegar mais rápido pois fazia esse caminho também como seu trabalho.
Ouvi...
Aquela conversa me interessou, não pelas pessoas que nem conhecia, mas pela mobilização entorno da morte.
Fiquei pensando...
Quantos esperam a solidariedade apenas na hora da morte?
Quantos exprimem seus sentimentos apenas, quando não mais o outro possa perceber?
Quantos, esperam, silenciosamente a hora da boa morte para estar com os seus?
Estranho mundo...
Estranhas pessoas...
Estranha vida!
JF
07/11/2017
Decidi iniciar uma nova fase do meu processo reflexivo. Para tanto, criei esse espaço com o intuito de pensar sobre o mundo atrelando assim, minha prática profissional e minha atuação como cidadã. Pretendo com isto ter um espaço meu, sem contudo, negar o diálogo de ideias com as pessoas. Almejo fornecer minha contribuição em resistência a permanente ausência de diálogo que anda permeando a sociedade brasileira. Textos serão todos de minha autoria.