terça-feira, 7 de novembro de 2017

Ávida VIDA clamando

Escutei alguém explicando que o pai faleceu lá longe.
Disse que sairiam do Rio de Janeiro e viajariam três dias para finalmente chegar ao local. Ela confirma o que disseram: era longe!
Mas ameniza a dor afirmando que quem dirigiria, saberia guiar por atalhos para chegar mais rápido pois fazia esse caminho também como seu trabalho.
Ouvi...
Aquela conversa me interessou, não pelas pessoas que nem conhecia, mas pela mobilização entorno da morte.
Fiquei pensando...
Quantos esperam a solidariedade apenas na hora da morte?
Quantos exprimem seus sentimentos apenas, quando não mais o outro possa perceber?
Quantos, esperam, silenciosamente a hora da boa morte para estar com os seus?
Estranho mundo...
Estranhas pessoas...
Estranha vida!
JF
07/11/2017