Decidi iniciar uma nova fase do meu processo reflexivo. Para tanto, criei esse espaço com o intuito de pensar sobre o mundo atrelando assim, minha prática profissional e minha atuação como cidadã. Pretendo com isto ter um espaço meu, sem contudo, negar o diálogo de ideias com as pessoas. Almejo fornecer minha contribuição em resistência a permanente ausência de diálogo que anda permeando a sociedade brasileira. Textos serão todos de minha autoria.
domingo, 11 de dezembro de 2016
Aos que pensam que fazem educação
sábado, 12 de novembro de 2016
Formação de uma equipe na escola
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| foto da internet |
Nisto eles se dão as mãos brilhantemente!
Confundem relações pessoais e profissionais. Nessa grande e efervescente relação, os Infantilizados batem o pé e dizem a todo momento: os incomodados que se retirem. O processo de pouca razão na decisão complica ainda mais a compreensão do que de fato está sendo questionado. Como se tivéssemos lidando apenas com mais uma brincadeira, e não com vidas humanas.
Mas antes, se prepare para os novos ataques...
A estória recomeça! rs!
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
Quando digo que a adolescência é a melhor fase da vida!

Classe Média baixa e a classe pobre tinham que estudar para ter futuro. Além disso a gente fingia que falava inglês como esses cantores internacionais além de escutar os roqueiros do Legião Urbana, Paralamas, Engenheiros... Mesmo não entendendo o que tanto diziam...rs! Era época também do começo da onda Funk que a gente não interagia muito, não!
Mas eu sempre passava porém, antes repetia incansavelmente os exercícios, consultava a professora Tânia e até sonhava com os malditos números... sem traumas!! Vai ver eu gostava da emoção dos minutos finais...Kkkkkkkk
Quando, finalmente, o Ensino Fundamental passou, eu finalmente conheci o mundo e não entendia a "lógica" da escola pública, de cara não me adaptei com a nova tribo do Estadual. Era tudo muito confuso, barulhento e tinham os meninos na mesma sala. Difícil adaptação, mas depois eles foram se tornando uma tribo bem legal! De repente eu era a cabeçuda da turma... Enquanto que em uma eu era a mínima para outros eu era muito inteligente! Eu ria dessa coisa toda, o que me facilitou o trato com essa realidade depois de quase um ano de resistência na adaptação.
Ela foi estudar mais próximo de casa, Vila Militar, mas ainda com muito rigor do Colégio. Nessa época conseguimos a "liberdade" de visitar uma a casa da outra, sozinha, a gente ria das situações. Ela sentia muito frio em Laranjeiras e eu, muito calor em Padre Miguel. O telefone dela vivia quebrado. O ônibus demorava muitooo para ZO e eu parecia uma turista de tão vermelha que eu ficava por conta da mudança de clima. A gente ria desses contrastes em uma mesma cidade. Os pais dela sempre ficavam preocupados com a minha coloração rosada... Era sempre engraçado o excesso de zelo deles. Ainda são assim, tá? rs
Ser feliz!
Assim, chegamos na faculdade... ela de direito eu de Pedagogia, nunca mais estudamos juntas. Mas além de todo o conhecimento ainda hoje, tenho essa minha amiga ao meu lado. A gente aprendeu a "se virar" sozinha mas, ainda assim permanecemos próximas.
Continuamos amigas. Ela hoje mora no Flamengo e eu já "conheço" e moro na ZO. Ela já casou e separou. Temos nossos empregos. Já fomos muito obcecadas pelo trabalho. Ela não quer ter filho. Eu não casei mas, já não está tão rígida a possibilidade de não ter filhos e casar. Somos pessoas do nosso tempo! rs
sábado, 10 de setembro de 2016
Sobre o medo humano
Prenderam os bichos em gaiolas, em ambientes frios nada confortáveis para eles, inventamos até os aquários domésticos, os bichos domésticos com pedrigee, claro! afinal os viralatas que morram de fome...hehehehe
Somos uma raça da pior especie mesmo... não conseguimos conviver entre gente da mesma raça: humana.
Decidimos que vamos levar essa involução para frente e em nome de um turismo domesticado criar os aquários gigantes.
Eu abobomino de todas as formas esse empreendimento absurdo!
terça-feira, 30 de agosto de 2016
A vida segue nos desafiando a viver
Nesta conjuntura de cabo de guerra entre a estrada já conhecida e a outra por desbravar, segue o rumo da única decisão já tomada: não dá mais para ficar parada.
Façamos a escolha conscientemente.
Que a VIDA seja, sempre, uma descoberta diária de nós mesmos!!
Juliana Ferreira
domingo, 15 de maio de 2016
As mudanças
De repente alguém reapareceu.
Vi pelo seu contentamento as suas lembranças de outrora.
Me olhou com admiração.
Com uma alegria para além da que eu poderia esboçar pelo reencontro.
Conversou sobre suas conquistas. Sobre suas mudanças. Sobre suas fraquezas amenizadas.
Com empolgação se referiu a mim como uma importante personagem na caminhada desse processo.
Com um mister de surpresa e contentamento disse que não merecia tamanho apreço. Lembrei que a vontade de mudar sempre foi dele, estando apenas adormecida.
Se pude contribuir para que você acreditasse mais em você, sinto-me agradecida.
Ficou apenas a gratidão pela VIDA compartilhada!
JF
sábado, 7 de maio de 2016
Um novo caminho
Percebi ao longo desses quase 35 anos de vida que a minha autonomia já conquistada, hoje, parece ser o meu próprio encarceramento.
Alguns anos que percebi a ausência da confirmação de minha parte, se levaria alguma companhia.
Quer dizer... Nunca perguntaram!
Conquistei algo extremamente absurdo na sociedade em que vivo: não ter bengala.
A certeza de poder caminhar apenas em minha companhia. De desbravar o mundo sem medo. De não esperar qualquer chantagem emocional para dizer se irei.
Para alguns isto deve ser algum tipo de atitude bem arrogante.
As pessoas contam apenas com a minha presença e ponto. Engraçado é perceber o que representa essa ausência de referência.
Talvez eu mesma não havia percebido isto como uma reação das pessoas a uma maneira muito absurda de como me coloco neste mundo cão.
Enfim, pouco delicado seria eu perceber que os demais convidados tem autorização para levar acompanhante sem nem mesmo perguntarem sobre a tal possibilidade.
Está posto, entende?
Está posto que eu aparecerei sozinha. Está posto que eu não preciso verificar a agenda de outra pessoa para assim confirmar ou não minha presença. Assim chegam ao cúmulo de exigirem até mesmo confirmação imediata.
As pessoas, na prática, andam pouco modernas.
Essas festas viram o tédio social e eu já sem muita delicadeza, não me permito nem mesmo mais a ir. O meu tempo a cada dia é mais precioso. Nem mesmo o encanto pelo aniversariante anda me motivando para esses entraves sociais.
O roteiro desses encontros são sempre assim!
Da pouca bebida que permitia as pessoas serem elas mesmas.
Do tímido que se esforçava para dançar assim impressionando a todos da pista de dança.
E eu?
Tenho tédio disto tudo e assim ando ficando cada dia mais seletiva. Já considero que não posso ir a qualquer lugar, a qualquer festa, a me permitir uma conversa com qualquer pessoa, a sorrir sem que me sinta vigiada... Esse sufocamento social anda me cansando, muito!!! Já não tenho tempo e muito menos um cabide para ter que me enquadrar em tantas insanidades.
terça-feira, 3 de maio de 2016
Desvio
Ando...
Ando com o meu mundo tentando encontrar com um outro mundo, apenas.
Se possível, tentando construir um terceiro mundo. Esse construto, tem que ser melhor, é claro!
Sei lá...
As frases que escuto às vezes me inquietam... Talvez quem as disse não se tenha dado ao trabalho de filtrá-las antes de dizê-las.
Apesar...
Creio que não. São frases muito bem elaboradas. Justificando o injustificável. Um auto convencimento que não me permite opinar. Vira um monólogo. Nesse dilema, apenas ouço com atenção.
Fala-se do outro com muita propriedade. Como se a culpa da sua confusão interna fosse exclusivamente do outro. Os erros. As opiniões enfáticas. As certezas. Tudo em referência ao outro.
Desequilibram, absurdamente, aquele que supostamente gostaria de ficar.
Ouço e penso:
O MEDO não permite que avance. O medo não permite que fique.
Com isto tudo, me resta apenas a compreensão. Deve ser difícil mesmo escolher ser enganado do que se desafiar ser todo dia a sua melhor versão para si mesmo.
Quanto a tudo que disse... Eu ouvi! Mas são apenas palavras em detrimento daquilo que foi compartilhado.
Não considero que fez por mal. Me compreender, de fato, nunca é uma tarefa das mais simples, automática ou repetitiva. Não existe um manual. Afinal, eu não acredito muito nos manuais! rs
Esta minha crença vale para qualquer ser humano. Eu acredito muito mais no ser humano que construímos em comunhão. Tenho certeza, que o seu ser humano foi o melhor que podia ser comigo. O respeito norteou nossa convivência. Chega ao fim por necessidade mútua de expansão. De proporcionar aos demais aquilo que conseguimos com tamanha parceria. A felicidade não cabe em mim em observar o quão grande nos tornamos. Conquistamos aquilo que traçamos como nosso objetivo comum. Finalmente, não mais necessitamos estar juntos ao menos se assim desejarmos. É tempo do adeus.
Perceber esse momento nunca é fácil.
Perceber o impacto nas nossas escolhas, também não é. Prolonga-se por mais um tempo. Vai ficando distante. Pouco acessível. Pouco visível. Até que desaparece...
Fato é: as frases se repetem.
Nisto já não sei com quem estou falando...
Sempre a mesma ladainha...
De um lado ele se justificando o quão diferente somos. O quão trivial são seus hábitos ou vícios. Isto tudo determinaria a impossibilidade de qualquer convivência a longo prazo. A famosa síndrome de Gabriela atinge muito mais os homens do que as mulheres, creio eu!
Como sempre... Justificando o injustificável. Ultimamente, já não questiono mais nada...
O tempo que dedicamos ao outro, não volta. Por isto procuro compreender muito bem para quem forneço o meu. Não sofro. Não me ausento. Não nego dedicação. Mas cobro. Cobro zelo em cada segundo disposto a estar ao meu lado. É cansativo, diriam os que não compreendem o tamanho envolvimento das partes neste processo.
Outros com dificuldade em ir, atravancam tudo. Podem até mesmo dificultar muito o crescimento do outro. Por medo da partida, prejudicam a todos. A hora de ir, é a decisão mais difícil. Essa, eu diria, é o drama humano.
Como ficar feliz com a partida de alguém? Como perceber que nosso encontro teve o motivo de nos tornarmos melhores? Mais evoluídos, mais humanos, mais corajosos, mais felizes, mais vaidosos, mais simples, mais sorridentes, mais fascinados pelas descobertas, mais sóbrios...
Eu diria que essa loucura toda não mais me impacta. O tempo do adeus fica mais simples quando uma conversa com tom ameno determina o término do que já foi vivido.
Sem delongas
Sem dramas Hollywoodiano
Sem lágrimas
Afinal, o sorriso e as lembranças resumem a convivência, a cumplicidade, as conquistas e o crescimento mútuo.
Para que justificar com dramas ou supostos motivos bem dramáticos o que foi belamente vivido em comunhão?
Guardaremos, tenho certeza, na memória cada dia, cada conquista, cada desafio, cada olhar, cada desejo, cada quase beijo, cada quase abraço...
Nunca foi e também nunca será.
JF.
PS: Dos contos que dois contam...rs
terça-feira, 19 de abril de 2016
Livre
Sentei na mureta de pedra
Olhei para baixo, uma altura considerável.
Olhei ao redor, ninguém próximo.
Estava sozinha.
Ao longe apenas um trabalhador que também contemplava a paisagem enquanto fazia a pausa do seu trabalho.
Calmaria.
O vento batendo.
O cheiro do mar invadindo a atmosfera...
Me permitindo sentar e contemplar essa paisagem como nunca fora feita por mim.
Como que por um impulso de me sentir desprendida de tudo... De me permitir ser livre de tudo, sentei na mureta com os pés solto no ar.
Vontade de deixar de ser gigante apenas para poder se permitir sentir.
Queria sentir meus pés balançando no ar. O vento batendo.
O cabelo e a roupa esvoaçando.
O cheiro do mar impregnando.
Sorri!
Foram os segundos mais longos...Assim permitindo que o prazer fosse emanado em cada poro do meu corpo.
Sorri!
Mas sou interrompida por alguém..
O rapaz foi enfático em me lembrar:
Da regra.
Do NÃO.
Do receio.
Do proibido.
Do MEDO.
Do perigo.
Do uniforme.
Disse, muito seguro de alguma regra desconhecida por mim, que não podia ficar com as duas pernas para fora. Apenas uma, disse ele de maneira bem enfática!
Me restou apenas sorri, não compreendendo a tal regra. Agradeci pela preocupação.
Ele se retirou.
A mim ficou o incômodo em saber por onde ele surgiu.
Olhei entorno, novamente estava sozinha.
Neste momento, sorri por total incompreensão da situação vivida.
Da criação da regra.
Da necessidade de mesmo em um espaço livre, sermos controlados. Vigiados.
Da polidez que nos limita de viver.
Às vezes somos interrompidos tão bruscamente da possibilidade de estar com a gente mesma, que me aflige essa maneira acelerada e desumanizante de existir no mundo.
Um pouco de silêncio não faz mal a ninguém!!
JF.
sábado, 16 de abril de 2016
O crepe
Acordamos um dia e nada mais nos irrita com a força que algum dia isto tudo já teve dentro da gente...
A gente ACORDA e pelo que ando percebendo vamos acordando aqueles que convivem conosco.
Essa semana eu vi o acordar das pessoas nos detalhes...
Nos detalhes em acreditar que possuem o direito de se tornarem seres humanos melhores.
No detalhe de instintivamente dizer o que gostaria de fazer depois de encerrada a burocracia.
Digo: já estou pensando em comer um crepe depois disto tudo! Bora?
Ter a oportunidade de ouvir: nossa! Mais de 5 anos que eu não como um crepe!
Eu: sério? Minha nossa, precisamos ir! Vejo a pessoa relembrando daquilo que gostava... Vejo seu sorriso singelo e de sincero agradecimento por ter feito relembrar dos prazeres da VIDA!
No meio da burocracia a pessoa me relembra: sério que vai comer crepe?
Eu: clarooo!!
Tempo se esgotando, a burocracia sufocando... Tempo, tempo, tempo!
Respondo: não vou conseguir! Não terminei...
A pessoa: então vamos deixar para próxima semana!
A voz amiga aconselha: vai sim! Vc não tem só hoje pra fazer isto! Eu deixo vcs lá... Bora!
Esse anjo não podia ir, mas viu que deveríamos ir!
Assim a VIDA viveu nesse pequeno detalhe!!
Faça acontecer enquanto muitos adormecem!
JF



